sábado, junho 20, 2009

Este retrato não há-de ser só teu - mas eu sou único


Esboço


Tem nome de gueixa ocidental e a sua pele é de uma pureza leitosa ou em meses solares

da doçura do mel. Porte imponente, esguio e majestoso. Nos olhos ternos em avelãs turva

de tempos a tempos a baça melancolia, um vazio interior. Nas manhãs que a névoa levanta

dois brilhantes sois irradiavam enquadrados pelas covas da sua face e pelo calor do seu

sorriso incondicional.

O seu cabelo é liso, suave como a seda, brilhante como o cetim. Possuem a sua força própria

brincando ao sol com o vento , jovialmente enredando-se na barba do seu amado.

Debaixo da sua pele macia existem ossos de aço frio, duros de quem já levou muita pancada,

frágeis e leves. O seu tronco serve de medida perfeita ao peito do seu companheiro, a

sua cintura fácil de abraçar. O bater de dois corações próximos. Feliz do homem que puder

percorrer o seu corpo em beijos apaixonados em percursos sempre novos e repousar da

viagem nos seus seios perfeitos. No seu pescoço perdem-se viajantes mais incautos naufragando

nos seus lóbulos perfeitos. Rumando a sul pela planície do seu ventre, chega-se à

orla marítima da sua púbis; momento magico em noites quentes, o orvalho que a brisa

marítima trás possui o cheiro a sândalo exótico e o sabor a especiarias orientais.

O seu cheiro é único, a sua essência é ela, facilmente identificável para os animais com cio,

para aprendizes do oficio em noites de lua cheia.