segunda-feira, setembro 19, 2011
16/09/2011
quinta-feira, setembro 08, 2011
Cotão
sábado, julho 09, 2011
Existe uma estrada junto ao mar que segue em direcção a sul. Sempre junto à orla costeira, num azul infinito e o cheiro a maresia. Existem canaviais que despontam junto ao mar de chorões, existem floreamentos rochosos esculpidos pela força bruta do tempo e do mar. Existe poeira fina que se cola aos ossos no percurso de tabuinhas pelo areal abrasador.
Existe uma inocência perdida algures na infância nestes dias de verão, na ociosidade desses momentos. Um cheiro guloso tropical colado à pele das pessoas. Existe o marulhar das ondas que embalam como bebés. Existe um sol calcinante que marca a pele como souvenir para tempos mais frios. Existe um mar de pegadas sem destino aparente e o grito cristalino das crianças ao fundo. Existe a languidez liquida do barulho do mar a bater nos cascos dos navios aportados, os reflexos marítimos na nossa cara fazendo-nos chorar Nada acontece, tudo existe e isso é paz.
quarta-feira, junho 29, 2011
No voo de regresso
Um redondo silencio,
Ôi, como vai você?
sábado, janeiro 29, 2011
NY - um regresso
Pelos vistos as drogas não tiveram sucesso, no momento de regresso assoma-me uma energia vinda sabe-se lá de onde para me manter acordado.
Talvez tenha sido o efeito do vinho nos comprimidos, que me provoca o brilho maníaco no olhar. Falta pouco para chegar, conto beber café, distribuir as oferendas, fumar uns cigarros e regressar para casa. Sim talvez casa, talvez cada vez mais casa, como se só depois de todos os lugares que conheci e vivi pudesse chamar casa ao lugar onde vivo. Sem duvida que estou cansado mas já passei por coisas piores, outros cansaços e sofrimentos, na minha cabeça são este cansaço, este sofrimento medida da vida, não me recordo desde quando sinto isso, mas tenho presente em mim desde muito cedo. Talvez não tenha sido uma criança feliz, mas quem o foi?
Regresso de umas ferias completamente inconsequentes, em que vivi como um rei, em sintonia com aquela cidade, aquele fluxo de energia. Umas ferias que me senti só e sozinho, feliz e emocionado, bêbado e lesionado.
Parte do interesse em viajar resulta do desconhecimento, do mistério, do potencial, quantas vezes me dou a pensar como seria a minha vida aqui, ou então algum episódio que só poderia acontecer ali, o que não é realmente verdade mas que de facto assim acontece. Provavelmente prende-se com o facto que podemos ser quem quisermos, podemos fugir de nós e construir um novo das peças e partes amolgadas. Mesmo que não aconteça nada existe sempre o potencial para tal acontecer e isso torna o nosso estado de espirito aberto ao mundo, ao contrario da nossa mundana vivência.
Das pessoas que conheci por lá gostaria de ter desenvolvido mais o relacionamento, ter tempo para investir nisso, doar algo de mim e não ser apenas um buraco negro que tudo absorve, com a sua curiosidade, sentidos e emoção.
Coney Island é um local muito especial, luminoso, para mim. Consegui sentir-me feliz, sozinho, confortável, agradecido, triste, em paz. É um local bem especial que não sei descrever bem, não sei se é por estar no outro lado do atlântico a olhar para casa, como se o efeito de perspectiva muda-se alguma coisa.
Regresso agora completamente cansado com os olhos vermelhos de secura do ambiente reciclado da cabine do avião, volto para mais um regresso, um pouco diferente do que quando parti.
Estamos neste momento a sobrevoar os Azores, faltam duas horas até Lisboa, são 22h30 em NY e estamos a 5802 km do polo Norte com uma velocidade de 998 km/h. Com um vento da cauda de 169 km/h.
Por cima da camada leitosa das nuvens e do avançado das horas a presença amigável da lua prenha e das estrelas tornam o ambiente acolhedor, pela imutável e misteriosa presença.
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Outra vez aqui
O tempo abranda e perpetua-se neste espaço, neste lugar preciso em que tudo é calma. Mais um inverno, fecha-se novamente um ciclo e encontramos-nos no mesmo lugar, pouco mudou, interiormente. Claro que estamos mais velhos o tempo é inexorável e nem sempre bondoso, mas interiormente aprisiona-nos a nós próprios.
O tempo porventura como a coisa mais importante, como medida da existência, um dia estou aqui no momento a seguir posso deixar de estar, como um dia estas aqui e no outro deixas de estar. Tempo sem recordação, cada momento um novo, a bênção dos estúpidos que não aprendem, dos heróis que vivem a vida no momento.
O ciclo das aves migratórias
engravado na sua existência, no nosso ADN. O ciclo das nossas vidas em esferas concêntricas que nunca se chegam a tocar, a gravidade deste sistema e no centro o quê? Vazio?, Amor? Não sei, nunca fui bom a
constatar os factos no momento que os sinto, limito-me a cumprir com a sua força,
massa e inércia, num sistema de acção-reacção. Mas se tudo fosse tão simples quanto
isso, a física clássica ficou aquém, agora sou eu mas também sou o universo e vice-versa,
agora estou aqui mas parte de mim também está em todo o lado. Pudesse eu
multiplicar-me em cada escolha tomada, em cada possibilidade. Sonhar a viver cada
uma delas. Agora tudo é mais confuso mais imaterial na velocidade dos dias que
passam e das noites que passo sem dormir.
O tempo frio regressa, cristalino belo e puro na noite escura. A gotas de chuva nos
vidros das janelas reflectem luzes distantes e o tempo tarda a passar, a dolência e o
torpor nos dedos e no pensamento. Nem neste tempo de beleza cortante consigo-me
manter terra a terra e a clareza cristalina só aparece de tempos a tempos. Penso em
viagens, em fugas absurdas para poder aportar em mim e no que em mim é
verdadeiro.
Os dias que passo sem sentir, na falta de fé, nas amarras que prendo a
mim mesmo no lastro que deixam em meu redor.
Busco uma voz que nem sempre está presente, um tom verdadeiro e um fio
orientador neste labirinto. Procuro ser o criador sem ser o artista, a luz, a intensidade
e a verdade no meio da escuridão que tanto preso e crio em meu redor, um jogo de
sombras chinesas para me entreter.
terça-feira, outubro 27, 2009
terça-feira, julho 28, 2009
sábado, junho 20, 2009
Este retrato não há-de ser só teu - mas eu sou único
Esboço
Tem nome de gueixa ocidental e a sua pele é de uma pureza leitosa ou em meses solares
da doçura do mel. Porte imponente, esguio e majestoso. Nos olhos ternos em avelãs turva
de tempos a tempos a baça melancolia, um vazio interior. Nas manhãs que a névoa levanta
dois brilhantes sois irradiavam enquadrados pelas covas da sua face e pelo calor do seu
sorriso incondicional.
O seu cabelo é liso, suave como a seda, brilhante como o cetim. Possuem a sua força própria
brincando ao sol com o vento , jovialmente enredando-se na barba do seu amado.
Debaixo da sua pele macia existem ossos de aço frio, duros de quem já levou muita pancada,
frágeis e leves. O seu tronco serve de medida perfeita ao peito do seu companheiro, a
sua cintura fácil de abraçar. O bater de dois corações próximos. Feliz do homem que puder
percorrer o seu corpo em beijos apaixonados em percursos sempre novos e repousar da
viagem nos seus seios perfeitos. No seu pescoço perdem-se viajantes mais incautos naufragando
nos seus lóbulos perfeitos. Rumando a sul pela planície do seu ventre, chega-se à
orla marítima da sua púbis; momento magico em noites quentes, o orvalho que a brisa
marítima trás possui o cheiro a sândalo exótico e o sabor a especiarias orientais.
O seu cheiro é único, a sua essência é ela, facilmente identificável para os animais com cio,
para aprendizes do oficio em noites de lua cheia.
quinta-feira, abril 23, 2009
Savon
A caixa é rectangular e contem 3 sabonetes,
de cartão antigo, de dourados já idos, de uma
época faustosa.
No quarto encontra-se a penumbra, mas
a luz dourada filtrada pelas frescas da
portadas corta a escuridão em traços oblíquos,
marcando o chão de cerejeira. O cheiro a
cravos desprende-se da caixa assim que a
abres com entusiasmo infantil, uma folha
parda pelo passar do tempo envolve os 3
sabonetes, revestidos por papel ainda mais
delicado em pregas concêntricas, por
minucioso labor manual. Sabonetes de luxo.
OEillet Mignardise - Carnation
diz o rotulo em cada um. O cheiro a
cravo e a tempos passados transporta-nos para
uma Barcelona antiga, pelas casas do Passeio
de Gràcia, no nascer do século passado, ao fim
do dia. Perco-me aí de ti e dos meus
demónios, em bares nos quais absinto-me
estranho, junto a boémios, poetas e
vagabundos.
A realidade roda agora um angulo de 90º e
os nossos corpos como fantoches são
atirados contra a parede, repousando
depois no chão.
(...)
Cheira a cravos bravios ou mesmo daqueles
azuis mais raros, cheira a mandarina na
mesa numa manhã de fim de semana.
Imitadora da tua preciosa anatomia com os
seus sucos a escorrer pelos meus dedos.
Cheira a sexo e a café forte que sobe à
cabeça. Cheira ao grasnar das aves de
rapina à solta no ar, a maresia que a
corrente profunda trás ao destruir
barragens dentro de ti.
Neste momento tudo é estático e só
existem as sensações. O tempo parou, ele
não existe. Consegue-se ouvir o pó no ar a
brincar com a frescas de luz e a cair no
chão.
[pausa ao som dos corações
descompassados]
(...)
Agora os corpos encontram-se sem
vida no chão como marionetas do inicio.
Pérolas de luz escorrem
pelas tuas pernas e eu choro também.
É certo que nunca gostei muito do
cheiro a cravo.
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Grey (tríptico)
"the sky is grey, the sand is grey, and the ocean is grey. i feel right at
home in this stunning monochrome, alone in my way. i smoke and i drink and
every time i blink i have a tiny dream. but as bad as i am i'm proud of the
fact that i'm worse than i seem. what kind of paradise am i looking for? i've
got everything i want and still i want more. maybe some tiny shiny thing will
wash up on the shore. you walk through my walls like a ghost on tv.
and what can i say but i'm wired this way and you're wired to me, and
what can i do but wallow in you unintentionally? what kind of paradise am i
looking for? i've got everything i want and still i want more. maybe some tiny
shiny key will wash up on the shore. regretfully, i guess i've got three
simple things to say. why me? why this now? why this way? overtone's ringing,
undertow's pulling away under a sky that is grey on sand that is grey by an
ocean that's grey. what kind of paradise am i looking for? i've got everything
i want and still i want more. maybe some tiny shiny key will wash up on the
shore."
Ani diFranco, Grey
O ceu é cinzento, a areia é cinzenta, e o oceano é cinzento; no entanto percorro este areal em direcção ao sol que não está. Os meus pés descalços não sentem frio, não sentem a textura da areia, as pegadas pelo mar apagadas. A chuva realmente não me molha. Quedo-me imóvel à beira mar, deixo as bolhas de ar que o mar traz brincarem, rebentarem a meus pés. Imóvel e a brisa marítima passa por mim, invisível. Tardo um instante, tardo apenas um momento. O grasnar ácido das gaivotas perde-se no fundo, (como o fumo do cigarro), um sino a ressoar. Ao longe, ligeiramente à direita os barcos de cores garridas mantêm-se à tona da água, linha que separa dos mistérios líquidos e do som grave das profundezas. Quantos tesouros brilhantes este mar abraça e quantos deles darão à costa? Quedo-me imóvel à beira mar, um momento, apenas um instante.
terça-feira, agosto 26, 2008
Labirinto
O cursor pisca no écran branco, à espera que a pagina se encha de pensamentos,
só pensa em manter o tom, se conseguir manter o tom conseguirá a proeza de ver as suas ideias crescerem, materializarem-se. A insónia invade mais uma vez o espaço. Escrever e voltar a apagar, mas escrever. Tentar sair da sua cabeça, fugir à vida que se lhe escapa, quebrar o labirinto.
Os raios de sol do final da tarde iluminam a Praça de Camões em toda a sua gloria. Ainda que inexoráveis as acidentadas ruas do bairro fervilham de gente a essa hora e a mistura de pessoas é notável. Turistas parecem encantados com a luz e com a companhia silenciosa de Pessoa. Pombos ora voam em debandada ora pavoneiam-se engalanados de peito inchado cortejando as suas fêmeas. Não muito diferente da fauna natural da zona; Aprendizes do oficio, os artistas competem no estilo para melhor mostrarem a sua expressão, artística. Outros marinheiros navegam nestas turvas águas em busca de amores efémeros.
Mais um cigarro, mais uma fila de pensamentos. O céu aos poucos vai-se tornando leitoso. O tempo urge.
O café quente na chávena aquece as suas mãos. É a altura do dia que as matutinas aves se elevam aos céus anunciando um novo dia.
Calcorreia as íngremes ruas com um sentido de urgência, com uma ânsia não especifica. Um desejo premente em ir e uma certa repulsa. Tem ainda tempo para se dirigir ao café de bairro que começou a frequentar desde o começo destes encontros. Lá entra na realidade mundana das personagens de bairro, os seus amores, ódios, segredos e paixões. Já se pode dizer que se tornou amigo da dona, amiga dos seus amigos e mais dos que a ouvem. Lá está ele a olhar para ela, umas vezes a tentar perceber o que diz quando fala em surdina do cliente satisfeito que acabou de sair, a maioria das vezes completamente a leste, acenando de tempo a tempo a cabeça para não desfraldar as expectativas do orador.
Agora o dia desprende em bandeiras os seus dourado e rosas. O sol ainda voga baixo no Tejo. Algumas pessoas desprendem-se agora dos braços de sono, dos braços dos seus amores ou da sua ausência. Um novo dia começa.
Fuma um ultimo cigarro antes de ir. Pontualmente toca à campainha de um velho prédio. Um toque apenas mascara a ânsia que sente. Pensa no tempo que demora a responder, o tempo que o faz esperar, o jogo começou. Recebe-o à porta fechando a porta à sua passagem. Tudo naquele apartamento lhe recorda o seu antigo apartamento, o cheiro, a textura das tábuas de madeira sobre os seus pês, a própria estrutura do apartamento. Ainda junto à porta observa-o enquanto ele na sala junto à porta se despe colocando-se mais confortável. Todo este ritual foi adquirido implicitamente no primeiro encontro quando a sua mente percorria paisagens bem mais sombrias.
Ainda em queda livre.
quarta-feira, agosto 13, 2008
Alice et Martin
segunda-feira, julho 28, 2008
O estado da coisa
Nas vésperas de fazer 29 anos procuro no artificio das palavras fazer um balanço da minha vida, um estado da coisa e tal.
Como preâmbulo manifesto desde já que os últimos tempos não tem sido nada fáceis para mim. Acontecimento realmente significativos e com grande peso em mim desencadearam-se uns a seguir aos outros como um grande castelo de cartas a ruir, sem grande possibilidade de intervenção da minha parte. Não é estranho como tudo parece suceder ao mesmo tempo?
O mais estranho é que pareceu surgir em mim uma sensação bastante visceral, uma premunição de alguma espécie de que algo estava para acontecer. Não acredito em nada de paranormal mas está sensação latente deixou-me bastante vezes sem dormir, sem algo de concreto a que pudesse agarrar, ou fazer.
Pois bem, o aspecto mais positivo de toda esta experiência de vida é que me encontro agora com um melhor conhecimento de mim próprio, dos meus limites, das minha fronteiras, de quem sou. Aprender a saber perder talvez necessite de mil vezes mais coragem do que lutar.
O desejo, esse motor de todo nós. Talvez (re)aprendi a desejar ser desejado, a desejar desejar, mais do tudo, por outro lado não fugir ao jugo do desejo por aniquilação do eu desejante.
Por mais estranho que pareça encontro-me agora como à cerca de uma década atrás, não é fácil explicar com precisão a sensação. Como se esta década me tivesse dado experiência, conhecimento de mim próprio e me coloca-se à uma década atrás. Ok, pensa no que aprendestes e recomeça a partir dai. Um "strange attractor".
Como tudo nesta vida, esta década foi agridoce, cheia de desejo e perda, muito dos dois.
Com este post não pretendo filosofar sobre o sentido da vida nem entrar por pseudo-psicologias baratas. Nem sei porque o escrevo, por mim sem duvido, uma espécie de por a casa em ordem.
Sou diferente e sou agora o puto de 18 anos, cheio de desejo e inocência com uma bagagem bem maior de truques para fintar as vicissitudes da vida. Nos momentos mais negros o que me assustava perder, além da vida, era essa inocência e essa força, algo de muito forte, muito puro e luminoso que ainda encontro presente em mim, uma rocha vinda sabe-se lá de onde. Descobrir isso ainda em mim foi o melhor presente. De sempre.
Venham mais 10.
sábado, abril 26, 2008
sábado, março 22, 2008
Eu um dia escrevi isto:
Se alguma coisa te parece estranha pensa no que Pancho disse ao Cisco Kid: “Vamos embora antes que acabemos a dançar sem música no fim da corda”.
Genial, não?
sexta-feira, março 21, 2008
Hierocosfinge
- Olha Mamã! Olha a esfinge! Vê como sou esperto. Consegues ver? Consegues-me ver?
Com gesto de prestidigitação o suspense acaba deixando o corpo ao cansaço liquefeito de um novo dia, o gesto torna-se mecânico e a faísca por lá não habita. Observo a cama quente onde ainda estás, o sono dos justos dizem...
Anjo Negro
Aproximei-me de ti passando a fila de mulheres tagarelas que comentavam a meia voz frases feitas de ocasião. Houve um instante que não me reconheceste, a minha cara mais magra, as linhas à volta dos olhos, a minha barba de 3 dias por fazer, o meu cabelo despenteado, como se reconheces alguns traços mas não conseguisses ligar as peças. Levei-te pelo braço para longe dali, o teu corpo não resistiu. O vento roçou as nossas pernas e lembro de pensar como devias sentir frio. Olhaste para trás e larguei-te a mão, parámos. Voltei-me para ti quando levantaste os olhos do chão e olhaste para mim. Não devia estar ali e sabia que não devia estar ali, não era o meu lugar.
As palavras fugiram-me, não havia nada para dizer, não havia nada que pudesse dizer, nada que fizesse sentido. As lágrimas corriam agora pela minha cara enquanto te olhava suspenso e isso pareceu tardar uma eternidade. Levaste a tua mão direita à minha cara fria enquanto tentava mantê-la erguida. Agarrei a tua mão pelo pulso, fechei forte e beijei-a.
Mais forte que Orfeu consegui percorrer o caminho até o carro sem olhar para trás. Já no carro com o rosto ainda molhado pensei na falta de sentido da existência, ou melhor, o sentido da existência é apenas existir. Soube que não devia estar ali, que não estive ali e que nunca vou estar ali.
quinta-feira, dezembro 27, 2007
E o brinde?
Para sua segurança a fava foi retirada ao seu Natal.
Obrigado pela sua preferência e continuação de festas felizes.