domingo, dezembro 24, 2006

Obrigado!

Mais uma vez obrigado meus amigos por estarem aí cada vez que vou ao chão.

Já agora o novo album da Rosie Thomas é excelente.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Starla

Presenting the cat who sleeps in my bed, when i'm distrated.(It's not a collage, the sky is that blue today :)

domingo, dezembro 10, 2006

Todos os dias deviam ser assim

"que o dia te seja limpo
e para lá da pele constrói o arco de sal
a morada eterna - o mar por onde fugirá
o etéreo visitante desta noite"

quinta-feira, novembro 30, 2006

"(...) Não posso entender-me, por exemplo, com uma mulher de trinta anos. Não quer dizer que já não seja desejável, atraente, o que acontece é que, passados cinco minutos, zango-me com ela: já tem a televisão, o frigorífico, a máquina de lavar, todas essas coisas, já conheceu, antes de mim, uns bons dez tipos que eram uns medonhos cretinos, os quais a ensinaram a raciocinar, isto é, coisíssima nenhuma. (...)"

Albert Cossery

segunda-feira, novembro 27, 2006

Dá-me a tua melhor faca...



Tu dizes:

"Dá-me a tua melhor faca... Pra cortarmos isto em 2!"

e eu digo:

"You write such pretty words
But life's no storybook
Love's an excuse to get hurt
And to hurt.
Do you like to hurt?
I do, I do

Then hurt me..."
Damien Rice: 9 Crimes Video

segunda-feira, novembro 13, 2006

Dans Paris


Interrompendo o interregno a que me sujeitei, dou novas. O motivo é o excelente filme “Em Paris” que entra directamente para o meu top 10. Coincidências e identificações à parte este filme mostra Paris como conheci, há quanto tempo...(merda das reticências).
Um filme que faz as delícias da burguesia depressiva (comme moi), ao som de um outonal jazz.

Chantez avec moi:

“Avant la haine, avant les coups, de sifflets ou de fouets, avant la peine et le dégoût, brisons là, dis-tu.”

Lindo.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Ainda tenho idade para ir a concertos Rock (foi lindo!!!)

A secretly dirt-encrusted tornado is ostensibly hypnotic. Now and then, the inferiority complex accurately buys an expensive gift for some vacuum cleaner from a vacuum cleaner. Furthermore, a satellite behind a carpet tack trembles, and the self-loathing fairy single-handledly pees on a turn signal. Indeed, a pine cone overwhelmingly cooks cheese grits for a so-called mastadon. A cough syrup requires assistance from an abstraction. Thank you for your time...

segunda-feira, outubro 16, 2006

A menina Joanna Newsom está de volta



A Joanna Newsom regressa com um álbum produzido pelo mítico Steve Albini e misturado por Jim O’Rourke com arranjos orquestrais soberbos por Van Dyke Parks. É composto por 5 faixas e tem a duração aproximada de 60 minutos. Afastando-se da aparente simplicidade do primeiro álbum com o uso de orquestração luxuriante e da construção de musicas com diferentes secções. Nota-se ainda um amadurecimento da sua voz, aproximando-se mais da sua prestação ao vivo.
O nome do álbum deriva da mítica cidade Ys.
Sem duvida um grande álbum a descobrir não se esgotando nas primeiras dezenas de audições.

Amesterdão (impressões) #4

quinta-feira, outubro 05, 2006

Old Jerusalem - Love and cows

Grande letra, grande música, grande concerto. Aqui está para quem não teve oportunidade...

domingo, outubro 01, 2006

Jogo de Espelhos

"Cada objecto costuma transformar-se, em nós, segundo as imagens que evoca e reúne, por assim dizer, em seu redor. É claro que um objecto também pode agradar por si mesmo, pela diversidade das sensações agradáveis que suscita em nós numa percepção harmoniosa; mas bem mais frequentemente, o prazer que um objecto nos dá não se encontra no objecto em si mesmo. A fantasia embeleza-o, cingindo-o e quase projectando nele imagens que nos são queridas. Nem nós o percepcionamos já tal qual como ele é, mas quase animado pelas imagens que suscita em nós ou que os nossos hábitos lhe associam. No objecto, em suma, nós amamos aquilo que nele projectamos de nosso, o acordo, a harmonia que estabelecemos entre nós e ele, a alma que ele adquire só para nós e que é formada pelas nossas recordações."

Pirandello
"Ele foi Mattia Pascal"

Engraçado que, não deixando de concordar com o autor, sinto (muito, mas muito) mais vezes precisamente o oposto, ou:

Cada objecto costuma transformar-se, em nós, segundo as imagens que evoca e reúne, por assim dizer, em seu redor. É claro que um objecto também pode desagradar por si mesmo, pela diversidade de sensações desagradáveis que suscita em nós uma percepção antipática; mas bem mais frequentemente, a repulsa que um objecto nos sugere não se encontra no objecto em si mesmo. As recordações distorcem-no, cingindo-o e quase projectando nele imagens que nos são avessas. Nem nós o percepcionamos já tal qual como ele é, mas quase animado pelas imagens que suscita em nós ou que os nosso hábitos lhe associam. No objecto, em suma, nós rejeitamos aquilo que nele projectamos de nosso, e detestamos a ligação que estabelecemos entre nós e ele, o fantasma em que ele se tornou só para nós e que é formado pelas nossas (más) recordações.







Em Portugal, ninguém filma como o Fernando Lopes...

domingo, setembro 24, 2006

It's that All right to you:

Valeu a pena esperar
9 crimes - Damien Rice
Não podia haver melhor musica para este dia.
Leave me out with the waste This is not what i do It's the wrong kind of place To be thinking of you It's the wrong time For somebody new It's a small crime And i've got no excuse

quarta-feira, setembro 13, 2006

segunda-feira, setembro 04, 2006

Simpatia lacobrigence

Lagos, Alisuper, secção de charcutaria/queijos:


Selectra: Boa tarde! (grande sorriso)
Empregada: (silêncio)
S: Queria 200 g de queijo x, se faz favor.
E: (em silêncio, corta e pesa o queijo)
(em silêncio, pousa-o em cima do balcão)
É mais alguma coisa? (sem expressão)
S: Sim, queria também queijo fresco, já vi que tem muitos tipos (sorriso). Há alguma diferença especial entre eles? Recomenda-me algum em particular?
E: Estes já estão embalados (sem expressão)
S: Então pode ser 2 desses, se faz favor.
E: (em silêncio, pesa os queijos e pousa-os no balcão)
S: Agora sim, é tudo. Obrigada, adeus!
E: De nada.

sexta-feira, setembro 01, 2006

This is really not my song, but this one's for you:

I wouldn't want, you to want to be wanted by me,
I wouldn't want you to worry, you'd be drowned within my sea,
I only wanted to be wonderful and wonderful is true,
Truth I only every really wanted to be wanted by you.

Its a stupid situation now where everything goes wrong,
If you cant tell I am lying then you do not belong,
In my bed go rest you head upon the bones of a bigger man,
And he can cover you with rock wood and you can close up like a clam.

So do you?

quarta-feira, agosto 30, 2006

sábado, agosto 26, 2006

Agora tentem isto:

Queixume de barriga cheia!

Ando sempre a choramingar que n me ligam, mas aqui vão alguns exemplos do meu novo, (no mínimo) exótico e crescente grupo de amigos:

1. Uma personagem que vende meias na Rua MS (por acaso nunca o vi vender nenhum par), que bebe mais de 10 litros de coca cola quente por dia e que muda de roupa umas quatro vezes ao dia, mas sempre interessadíssimo no que eu ando a ler.

2. Um senhor de 80 anos que frequenta os bailes de tarde (matinés) de Lisboa (pelos vistos há muitos, ele já me ensinou onde eram), e que quer combinar um encontro lá: "Não tem mal nenhum! Dançar n tem mal nenhum!"

3. Um esquizofrénico que compõe e grava CDs de música para eu ouvir, com o objectivo de fazer o CD perfeito para mim.
4. Uma senhora que me traz sempre fotografias de quando era nova, que me oferece os bibelots antigos que tem em casa e que me benze para me proteger (eu gosto muito das festas que ela me faz nas mãos - as outras tb fazem mas as dela são melhores!(dizem as más línguas que ela tem um passado pouco recomendável: talvez venha daí a experiência com as mãos - sou mesmo horrível!!!)).
E mais, muitos mais!
Não sei de que me queixo...

sexta-feira, agosto 18, 2006

Voltar a escrever para nada.
Escrever para dizer que não reconheço o meu sorriso nas fotos nem nos vossos olhos. Para definir o que não pode ser definido em palavras, o que nunca será claro. As nuances e inflexões do teu sorriso.
Escrever
Voltar a escrever, colocar dedo após dedo no teclado e esperar que a sequência lógica do pensamento não se disperse pela brancura do ecrã.

Esperar dizer aquilo que realmente mereça a pena ser dito. Aquilo que transvaza de alma e se coalha nas nossas torpes acções.

Como uma noite, uma noite de verão abafada, corpos saturados da longa viagem, um grupo improvável de pessoas. É tarde, já estamos no outro dia. O nevoeiro misterioso vindo do mar cobre a estrada embalando o nosso cansaço, estamos perto.
Paramos o carro e despimo-nos, não conseguimos resistir ao apelo do mar. A lua cheia leitosa há muito que se tinha timidamente eclipsado no manto branco e todos os nossos pontos de referência desapareceram neste espaço.

Seres fluorescentes nadavam à nossa volta, simplesmente mágico e isso espelhava-se no nosso sorriso, nos nossos olhos.

Foi liberdade, foi pura felicidade.