Os pensamentos não vêm coerentes a estas horas da manhã mas uma coisa é certa, existe por aqui uma paz de espírito que à muito não tinha, uma calma vinda talvez de uma maneira diferente de ver as coisas, onde alguma coisa é capaz de fazer algum sentido. As grandes mudanças não vêm de um momento para outro, são construídas a partir de constantes e duradouras revoluções, resilientes em deixar marca pelo nosso corpo e mente.
Talvez a maturidade trás destas coisas, como a constante presença do mar, como aceitar a misteriosa presença de uma estrela cadente que marca o céu para logo se desvanecer, como a pureza prateada dos cabelos brancos.
Os dias passam apressados numa vida preenchida e o cansaço por vezes marca as feições, na duvida da diferença entre o viver e existir, entre o ser ou estar. Cada vez mais o tempo passa a correr e como ele foge, dispersa-se por pequenas coisas insignificantes que se acumulam e nos roubam a atenção, como o cotão nas esquinas das casas.
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