quinta-feira, setembro 29, 2005

quarta-feira, setembro 28, 2005

Procura-se

Passaram 193 dias desde que Alice foi vista pela última vez.


Todos os dias Mário, o seu pai, sai de casa e repete o mesmo percurso que fez no dia em que Alice desapareceu.
A obsessão de a encontrar leva-o a instalar uma série de câmaras de vídeo que registam o movimento das ruas. No meio de todos aqueles rostos, daquela multidão anónima, Mário procura uma pista, uma ajuda, um sinal...
A dor brutal causada pela ausência de Alice transformou Mário numa pessoa diferente mas essa procura obstinada e trágica, é talvez a única forma que ele tem para continuar a acreditar que um dia Alice vai aparecer.

In Vino Veritas #7


Edouard Manet, Bar no Folies-Bergere, 1881-82
Óleo s/tela, 95.89x130.18cm
Courtauld Institute Galleries, Londres, Inglaterra
sobre o pintor:
www.artcyclopedia.com/artists/manet_edouard.html

terça-feira, setembro 27, 2005

Para ouvir o som da alma

Espírito Nativo Reencarnado



Espírito Nativo no Espaço das 7 às 9
Dia 28 de Setembro, quarta-feira, às 19h.Espaço das 7 às 9
Bar Terraço - CCB
Três músicos, que se dedicam à música popular e tradicional da América Latina, interpretam temas de Violeta Parra, Mercedes Sosa, Pablo Milanés e outros autores latino-americanos.
RUI MEIRA - guitarra, charango e voz. JACQUELINE MERCADO - voz e guitarra. PUMACAYO CONDE - flautas, percussão e voz.

In Vino Veritas #6

Juan Gris, Garrafas e faca, 1911-12
Óleo s/tela, 54.6 x 46 cm
Rijksmuseum Kroeller-Mueller, Otterlo, Holanda

segunda-feira, setembro 26, 2005

Homenagem a Arestides de Sousa Mendes no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, dia 2 de Outubro às 18 H ( entrada livre)

Carta do Professor Sylvain Bromberger ao Coro de Câmara da Universidade de Lisboa

Eu, os meus pais e os meus dois irmãos fugimos de Antuérpia, na Bélgica, no dia 13 de Maio de 1940, com muito pouco tempo de avanço sobre os exércitos alemães que, três dias antes, tinham atacado de surpresa a Holanda, a Bélgica e o Luxemburgo. Deixámos a nossa casa muito apressadamente, sem saber o que nos iria acontecer a seguir, mas certos de que, enquanto judeus, a nossa sobrevivência dependia de não nos deixarmos cair nas garras dos alemães. Depois de uma série de aventuras e desventuras, acabámos por estar a 22 de Julho em Bayonne, em França, no meio de uma enorme multidão de refugiados em frente do consulado português. Petain tinha acabado de se render a Hitler, e a parte de França em que nos encontrávamos seria em breve ocupada pelo exército alemão. Ainda consigo sentir o nosso medo e desespero: a fila à nossa frente era assustadoramente comprida, não parecia mexer-se, e os alemães vinham a caminho. Os detalhes do que aconteceu a seguir estão já um pouco difusos na minha memória, mas sei que a certa altura os nossos passaportes foram levados para dentro do consulado, e pouco tempo depois trouxeram sacos cheios de passaportes para a pequena praça perto do consulado. Os nossos passaportes, devidamente carimbados com vistos portugueses, estavam entre eles. Desse momento lembro-me perfeitamente! Não tinha havido quaisquer formalidades ou entrevistas, atrasos ou condições. Com aqueles vistos, conseguimos uma autorização para atravessar Espanha, saindo de França apenas um pouco à frente dos alemães, chegando assim a Portugal em segurança. A partir daí acabámos por partir para os Estados Unidos. Cerca de três anos mais tarde eu voltei à Europa como soldado americano, e tive a oportunidade de ver com os meus próprios olhos o destino de que teríamos sido vítimas se não tivéssemos fugido.
Ainda que eu nunca me tivesse esquecido daqueles momentos em frente do consulado português em Bayonne, apenas tive conhecimento do que tinha de facto acontecido ali em Maio de 1986. Foi então que, através de um artigo no New York Times e troca de correspondência com John Paul Abranches, eu soube que aqueles vistos portugueses, que provavelmente salvaram as nossas vidas, tinham sido emitidos contra as ordens do governo de Salazar, e apenas porque de Sousa Mendes, o cônsul português em Bordeaux, tinha vindo a Bayonne naquele dia e ordenado a uma equipa relutante que o ajudasse a emitir vistos para todos os refugiados que estavam à frente do consulado. Também só soube nesse dia que de Sousa Mendes tinha pagado bem caro por um acto tão belo e altruísta. Como escrevi na introdução de um livro que lhe dediquei, "Eu nunca o vi, nem ele a mim." Os meus pais morreram ambos totalmente inconscientes do que ele sacrificara por eles, e provavelmente nunca terão chegado a ouvir sequer o nome dele.
Há algum tempo, John Paul Abranches pediu-me que explicasse como o ter recebido um visto em 1940 afectou a minha vida. Consegui responder-lhe em muito poucas palavras. "Tenho agora oitenta e um anos, sou Professor Emeritus no M.I.T., casado com uma mulher maravilhosa há cinquenta anos, pai de dois filhos que são para mim fonte de grande alegria e orgulho. Tenho tido uma vida muito rica. Se não fosse o feito dele (de Sousa Mendes), eu teria muito provavelmente morrido miseravelmente num campo de concentração antes de chegar sequer aos dezassete."
Professor Emeritus ( http://web.mit.edu/philos/www/bromberger.html)– Dept. de Linguística e Filosofia
M.I.T. - Massachusetts Institute of Tecnologie, Cambrige, EUA ( http://www.mit.edu)

A Companhia do Eu

A Companhia do Eu é aqui:

Concerto de Homenagem a Aristides de Sousa Mendes



Missa Brevis em Memória de Aristides de Sousa Mendes
(estreia absoluta)

de Sérgio Azevedo



Coro de Câmara da Universidade de Lisboa
Maestro José Robert


Participação do Coro da Universidade de Lisboa
Comunicações do Doutor António Vasconcelos Tavares, Pró-Reitor da UL e de Sérgio Azevedo


ENTRADA LIVRE

2 de Outubro, 18 horas

Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa

sexta-feira, setembro 23, 2005

In Vino Veritas #5


Johannes Vermeer, Rapariga com copo de vinho, 1659-60
Óleo s/tela, 78x67cm
Herzog Anton Ulrich Museum, Holanda

quarta-feira, setembro 21, 2005

In Vino Veritas #4


Edvard Munch, Auto-retrato com garrafa de vinho, 1906
Óleo s/tela. 110.5 x 120.5 cm
Museu Munch, Oslo, Noruega

sábado, setembro 17, 2005

segunda-feira, setembro 12, 2005

Present Day

Já Feito #2- Fotossíntese

O processo de verdecer corações constituído por água(H20) e minerais em cadeia a crescer, é dor luminosa, se se esquecerem de interpretar o natural. A natureza desatina contente sobreviver, uma bela química processando os heterotróficos humanos. Os lábios autotróficos desse vencedor, quando compostos por gente, sabem ser, seriam seres. Seja sepultura de erva. Essencialmente, as substâncias orgânicas tendem para a base, o verde gasoso(O2) através da amizade. Ver recorda amor continuo, solitário verde, vontade de crescer e estar. Assim se inicia a energia ganha no processo alimentar da glicose. A lealdade só pode doer quando arde. As plantas tiveram necessidade de diversos organismos através do oxigénio, sentindo energia como alimento. Contentar-se com o carbono descontente é ferida na maneira de cuidar, contentamento contrário. Perder-se entre dióxidos estará no querer sempre o mesmo. Os vegetais quando transformam açucares produzem amor que dói. As plantas pertecem ao próprio fogo, sepultura doentia. A erva vence na fotossíntese dos seres.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Ele...

Dois corpos nus respiravam ofegantemente na escuridão do quarto minúsculo. O suor molhava os seus corpos fazendo-os brilhar através da luz fantasmagórica de uma cidade deserta, foi então que começou a chover torrencialmente. Num impulso deu um pulo, foi até à varanda, abriu as portadas e saiu para aquela luminosidade difusa de uma noite chuvosa e deixou os gordos pingos de chuva escorrer pelo seu corpo. Ela, logo a seguir, enrolada ao lençol permaneceu à porta da varanda olhando fascinada.

Ela...

Quando acabou de subir os cinco lances de escadas ele já a esperava. Riu-se do seu cansaço e perguntou, “ queres chá”? Ela atirou-se para cima do sofá do amor ... já se ouvia a melhor música do mundo, o sítio era especial, nenhum degrau estava a mais, fazia sentido. Ele trouxe aquele chá que fazia rir, não era nada de mais, só chá de cereja mas era maravilhoso porque o ácido picava naquele sítio que fazia rir. Ele nunca lhe iria dar outra coisa, não queria que ela tocasse em coisas dessas, gostava tanto dela, queria protegê-la e dizia: “já és maluca o suficiente”.
Ela também o adora e quer protegê-lo. Uma vez começou a chover, ele alegrou-se e saltou da cama quente para a chuva, ela sentia tanto frio na pele dele que insistia em secá-lo, em abrigá-lo...ele ria ...ele é tão louco.

Novo Album da Fiona Apple



O aguardado terceiro álbum da Fiona Apple vai finalmente ser editado, depois de muita pressão popular. O álbum encontrava-se gravado à muito tempo, mas a editora manteve-o na prateleira por o considerar pouco comercial. Entretanto aqui e ali começaram a surgir canções na net e uma legião de fãs mandou caixas e caixas de maçãs para a editora com o carimbo free Fiona. A manobra parece que fez efeito e a editora resolveu editar o álbum, para tal pegou nas canções e pediu a produtores mais mainstream para retocarem a canções, resta agora saber para todos aqueles que já possuem o álbum se a nova maquilhagem é apetecível, ou se maçã será sempre maçã.

"Now that my album is finally finished, I am very, very excited to have people hear what we did – I am so proud of it, and all of us who worked on it." says Fiona Apple.

Fiona Apple

Já Feito #1- Osmose

Compreender o meio hipertónico em sonhos contrastantes. A plasmática homogénea palpitando é um nocturno fechando as nossas partículas numa contínua permeabilidade. Dura página, és transporte, solvente fluido, fenómeno soluto a escorrer, pré-requisito incandescente. As línguas lambendo assuntos e repuxando a concentração, em cada membrana absorvente, amado fenómeno de gosto. O calendário alucinante pousado nas coxas a respirar, dormes redolente. Fundimo-nos no néctar osmótico semi-permeável, moléculas balançantes aninhadas entre aquosas. Contemplo tudo a fundo, abrindo a noite escura, biologias aquosas. O fenómeno físico-químico nocturno, sincronizando diferentes números, é o nosso programa de distribuir osmótico. Amo-te fechando a pele e abrindo os poros em soluções florescentes, colocadas em difusão interior. Minúsculas moléculas rosadinhas, brilhantes, em contacto quando ocorre o fenómeno osmótico, entram chupando ornamentos verdejantes, debaixo da membrana molhada. Os teus lábios em flor através do dia a acordar. As coxas chupando células coladas. O corpo fluindo como as línguas no lar.

quinta-feira, setembro 08, 2005

quarta-feira, setembro 07, 2005

CH3CH2OH

As primeiras chuvas de Setembro cheiram a terra molhada e sabem a uma sonata para violoncelo de Bach. O céu cinzento de Setembro é quente e gosta de um bom tinto ao fim da tarde.

Por falar em chuva:

Sempre gostei de uma boa tempestade,
daquelas que trazem consigo o cheiro da terra molhada e as pesadas gotas fazem som nas poças:

- Pling-plok

Pode-se ver os reflexos dos raios nas paredes e esperar ansiosamente pelo trovão, com o seu grave som a revolver-nos as entranhas A electricidade estática que percorre a nossa pele, arrepiando os pelos das nossas costas até à nuca. Podemos ficar junto à janela com um céu violeta como fundo e com o nosso bafo escrever mensagens secretas a amores ausentes. Mesmo andar à chuva, é bom, deixar as gotas rolarem pela nossa cara, ensoparem os nossos ossos e molharem o nosso cabelo. Quando voltar a casa, regelados, regressar para uns braços quentes.

domingo, setembro 04, 2005

Birthday gift

Birthday gift...

Novo album da Rosie Thomas


At their best, well written, expertly executed songs do more than just tell a story — they pose important questions. On If Songs Could Be Held, her third full-length for Sub Pop, Seattle songwriter/vocalist Rosie Thomas approaches the sometimes difficult but universal topics of introspection, identity and love with bravery, honesty, and above all, stunning beauty. These songs aren’t all about Thomas’ personal experience, however, and that departure into the fictitious marks the first of several artistic stretches on the album. “It was very freeing,” Thomas, who approached her songwriting technique and vocal delivery from a more confident, methodic place this time around, explains. Although longtime collaborator and close friend Eric Fisher was an integral part of the process as he was on previous records, If Songs Could Be Held marks the first time Rosie has collaborated with musicians outside her circle of family and friends. Recorded by Mike Busbee at Brown Welch in Pasadena, CA, If Songs Could Be Held also features Liz Phair guitarist Dino Meneghin, accomplished film soundtrack string arranger Josh Myers, and a duet with Ed Harcourt.
URL: http://www.rosiethomas.com

sexta-feira, setembro 02, 2005


Psicadelic Me

é uma menina!!!

Esta é a primeira bloga!!!
Nasceu hoje com 3,700kg e 51cm.
Desejamos-lhe uma vida longa e que cresça com o apoio de todos!!
E o importante mesmo... é SAUDINHA