sábado, dezembro 31, 2011
sábado, dezembro 24, 2011
segunda-feira, dezembro 19, 2011
sexta-feira, dezembro 02, 2011
quinta-feira, dezembro 01, 2011
sexta-feira, novembro 25, 2011
segunda-feira, novembro 07, 2011
terça-feira, novembro 01, 2011
quarta-feira, outubro 26, 2011
domingo, outubro 16, 2011
sexta-feira, outubro 14, 2011
quinta-feira, outubro 06, 2011
quinta-feira, setembro 22, 2011
segunda-feira, setembro 19, 2011
16/09/2011
terça-feira, setembro 13, 2011
segunda-feira, setembro 12, 2011
quinta-feira, setembro 08, 2011
Cotão
domingo, setembro 04, 2011
sexta-feira, setembro 02, 2011
segunda-feira, agosto 29, 2011
Alice - rehearsal
domingo, agosto 28, 2011
sábado, agosto 27, 2011
Tiago Bettencourt & Mantha - Caminho de voltar
quinta-feira, agosto 25, 2011
sexta-feira, agosto 19, 2011
I do
and if they do they're crumpled and concealed
like summer clothes in the winter,
when frost stings the mouth."
quarta-feira, agosto 17, 2011
sábado, agosto 06, 2011
quarta-feira, julho 27, 2011
sexta-feira, julho 22, 2011
sábado, julho 16, 2011
It's Always Been You
sexta-feira, julho 15, 2011
sábado, julho 09, 2011
Existe uma estrada junto ao mar que segue em direcção a sul. Sempre junto à orla costeira, num azul infinito e o cheiro a maresia. Existem canaviais que despontam junto ao mar de chorões, existem floreamentos rochosos esculpidos pela força bruta do tempo e do mar. Existe poeira fina que se cola aos ossos no percurso de tabuinhas pelo areal abrasador.
Existe uma inocência perdida algures na infância nestes dias de verão, na ociosidade desses momentos. Um cheiro guloso tropical colado à pele das pessoas. Existe o marulhar das ondas que embalam como bebés. Existe um sol calcinante que marca a pele como souvenir para tempos mais frios. Existe um mar de pegadas sem destino aparente e o grito cristalino das crianças ao fundo. Existe a languidez liquida do barulho do mar a bater nos cascos dos navios aportados, os reflexos marítimos na nossa cara fazendo-nos chorar Nada acontece, tudo existe e isso é paz.
domingo, julho 03, 2011
Self Portrait - Sketch
sexta-feira, julho 01, 2011
quarta-feira, junho 29, 2011
No voo de regresso
Um redondo silencio,
Ôi, como vai você?
segunda-feira, abril 25, 2011
quarta-feira, abril 06, 2011
sábado, janeiro 29, 2011
NY - um regresso
Pelos vistos as drogas não tiveram sucesso, no momento de regresso assoma-me uma energia vinda sabe-se lá de onde para me manter acordado.
Talvez tenha sido o efeito do vinho nos comprimidos, que me provoca o brilho maníaco no olhar. Falta pouco para chegar, conto beber café, distribuir as oferendas, fumar uns cigarros e regressar para casa. Sim talvez casa, talvez cada vez mais casa, como se só depois de todos os lugares que conheci e vivi pudesse chamar casa ao lugar onde vivo. Sem duvida que estou cansado mas já passei por coisas piores, outros cansaços e sofrimentos, na minha cabeça são este cansaço, este sofrimento medida da vida, não me recordo desde quando sinto isso, mas tenho presente em mim desde muito cedo. Talvez não tenha sido uma criança feliz, mas quem o foi?
Regresso de umas ferias completamente inconsequentes, em que vivi como um rei, em sintonia com aquela cidade, aquele fluxo de energia. Umas ferias que me senti só e sozinho, feliz e emocionado, bêbado e lesionado.
Parte do interesse em viajar resulta do desconhecimento, do mistério, do potencial, quantas vezes me dou a pensar como seria a minha vida aqui, ou então algum episódio que só poderia acontecer ali, o que não é realmente verdade mas que de facto assim acontece. Provavelmente prende-se com o facto que podemos ser quem quisermos, podemos fugir de nós e construir um novo das peças e partes amolgadas. Mesmo que não aconteça nada existe sempre o potencial para tal acontecer e isso torna o nosso estado de espirito aberto ao mundo, ao contrario da nossa mundana vivência.
Das pessoas que conheci por lá gostaria de ter desenvolvido mais o relacionamento, ter tempo para investir nisso, doar algo de mim e não ser apenas um buraco negro que tudo absorve, com a sua curiosidade, sentidos e emoção.
Coney Island é um local muito especial, luminoso, para mim. Consegui sentir-me feliz, sozinho, confortável, agradecido, triste, em paz. É um local bem especial que não sei descrever bem, não sei se é por estar no outro lado do atlântico a olhar para casa, como se o efeito de perspectiva muda-se alguma coisa.
Regresso agora completamente cansado com os olhos vermelhos de secura do ambiente reciclado da cabine do avião, volto para mais um regresso, um pouco diferente do que quando parti.
Estamos neste momento a sobrevoar os Azores, faltam duas horas até Lisboa, são 22h30 em NY e estamos a 5802 km do polo Norte com uma velocidade de 998 km/h. Com um vento da cauda de 169 km/h.
Por cima da camada leitosa das nuvens e do avançado das horas a presença amigável da lua prenha e das estrelas tornam o ambiente acolhedor, pela imutável e misteriosa presença.
segunda-feira, janeiro 24, 2011
Outra vez aqui
O tempo abranda e perpetua-se neste espaço, neste lugar preciso em que tudo é calma. Mais um inverno, fecha-se novamente um ciclo e encontramos-nos no mesmo lugar, pouco mudou, interiormente. Claro que estamos mais velhos o tempo é inexorável e nem sempre bondoso, mas interiormente aprisiona-nos a nós próprios.
O tempo porventura como a coisa mais importante, como medida da existência, um dia estou aqui no momento a seguir posso deixar de estar, como um dia estas aqui e no outro deixas de estar. Tempo sem recordação, cada momento um novo, a bênção dos estúpidos que não aprendem, dos heróis que vivem a vida no momento.
O ciclo das aves migratórias
engravado na sua existência, no nosso ADN. O ciclo das nossas vidas em esferas concêntricas que nunca se chegam a tocar, a gravidade deste sistema e no centro o quê? Vazio?, Amor? Não sei, nunca fui bom a
constatar os factos no momento que os sinto, limito-me a cumprir com a sua força,
massa e inércia, num sistema de acção-reacção. Mas se tudo fosse tão simples quanto
isso, a física clássica ficou aquém, agora sou eu mas também sou o universo e vice-versa,
agora estou aqui mas parte de mim também está em todo o lado. Pudesse eu
multiplicar-me em cada escolha tomada, em cada possibilidade. Sonhar a viver cada
uma delas. Agora tudo é mais confuso mais imaterial na velocidade dos dias que
passam e das noites que passo sem dormir.
O tempo frio regressa, cristalino belo e puro na noite escura. A gotas de chuva nos
vidros das janelas reflectem luzes distantes e o tempo tarda a passar, a dolência e o
torpor nos dedos e no pensamento. Nem neste tempo de beleza cortante consigo-me
manter terra a terra e a clareza cristalina só aparece de tempos a tempos. Penso em
viagens, em fugas absurdas para poder aportar em mim e no que em mim é
verdadeiro.
Os dias que passo sem sentir, na falta de fé, nas amarras que prendo a
mim mesmo no lastro que deixam em meu redor.
Busco uma voz que nem sempre está presente, um tom verdadeiro e um fio
orientador neste labirinto. Procuro ser o criador sem ser o artista, a luz, a intensidade
e a verdade no meio da escuridão que tanto preso e crio em meu redor, um jogo de
sombras chinesas para me entreter.