quarta-feira, abril 26, 2006
domingo, abril 23, 2006
News:
It's official, The Smashing Pumpkins are currently writing songs for their upcoming album, their first since 2000. no release date has yet been set, but the band plans to begin recording this summer.
sábado, abril 22, 2006
sexta-feira, abril 21, 2006
quinta-feira, abril 20, 2006
Hamburgo
Terra dos cisnes em lagos, a Veneza do norte.
Da frieza granítica que se cola aos ossos e do calor humano.
Dos agitados portos de partida/chegada,
Fugia
de algo que ainda não sei, de alguma parte que talvez perdi
e o vento colava-se a mim como companhia.
Da frieza granítica que se cola aos ossos e do calor humano.
Dos agitados portos de partida/chegada,
Fugia
de algo que ainda não sei, de alguma parte que talvez perdi
e o vento colava-se a mim como companhia.
terça-feira, abril 18, 2006
sexta-feira, abril 14, 2006
Ich lebe jetzt
Berlim terra cinzenta dos austeros prédios, das arvores em flor com botões, despidas.
Um muro
Terra de grandes obras e construções, dos edifícios futuristas, dos decrépitos, dos grafítis e das ruas espaçosas e geladas.
Cidade símbolo. Da separação dos homens e sua possível reunião.
Da chuva miúda que não molha mas ensopa a alma.
A sua queda
Terra de todas as gentes, todos os povos.
Onde me reencontro no tardio regresso.
Um muro
Terra de grandes obras e construções, dos edifícios futuristas, dos decrépitos, dos grafítis e das ruas espaçosas e geladas.
Cidade símbolo. Da separação dos homens e sua possível reunião.
Da chuva miúda que não molha mas ensopa a alma.
A sua queda
Terra de todas as gentes, todos os povos.
Onde me reencontro no tardio regresso.
segunda-feira, abril 10, 2006
Halley
Quando era pequeno a minha mãe disse-me: -“Hoje podes ficar acordado até mais tarde para veres o cometa Halley passar, com um pouco de sorte poderás vê-lo novamente, eu já não estarei cá.” – E eu fiquei impressionado parado a olhar para o céu negro e para os milhões de pontos de luz.
3 fragmentos
A propósito de “Volver”
Até que ponto se pode regressar ao que se deixou, e quando se regressa, volve-se a quê?
Quando se parte, que parte de nós parte? Que pedaços ficaram para trás?
Será disso que depende o nosso regresso? Dos pedaços que deixamos ou não para trás. Será possível começar do zero num outro lugar? Não iram influir nesse começo os pedaços que guardamos, aqueles junto ao peito, aqueles mais difíceis de separar, aqueles que nos define.
Eu em Barcelona sou Português.
0-2
A vila universitária de Barcelona é de betão rosa, de ângulos rectos e amplas janelas com cortinas amarelas. Ladeada de ciprestes e freixos. Os blocos baixos de apartamentos orientam-se voltados uns para os outros, permitindo um vislumbre da intimidade alheia.
Na vila existem muitos gatos, lembro particularmente bem um todo negro com o rabo cortado, figura familiar nas minhas outras estadias. Percorrem dolentemente os beirais das janelas em busca de comida e carrinho.
Sementes brancas caíram hoje copiosamente das árvores floridas em movimentos circulares como farrapos de algodão doce pela aragem.
Aqui o pôr-do-sol é espectacular e acolhedor.
Os domingos são passados (geralmente) a curar os excessos das noites passadas, tediosamente se lava a roupa numa muito americana lavandaria, hipnotizados pelo tambor da máquina e a fluorescência das luzes medita-se nas vicissitudes da vida.
Até que ponto se pode regressar ao que se deixou, e quando se regressa, volve-se a quê?
Quando se parte, que parte de nós parte? Que pedaços ficaram para trás?
Será disso que depende o nosso regresso? Dos pedaços que deixamos ou não para trás. Será possível começar do zero num outro lugar? Não iram influir nesse começo os pedaços que guardamos, aqueles junto ao peito, aqueles mais difíceis de separar, aqueles que nos define.
Eu em Barcelona sou Português.
0-2
A vila universitária de Barcelona é de betão rosa, de ângulos rectos e amplas janelas com cortinas amarelas. Ladeada de ciprestes e freixos. Os blocos baixos de apartamentos orientam-se voltados uns para os outros, permitindo um vislumbre da intimidade alheia.
Na vila existem muitos gatos, lembro particularmente bem um todo negro com o rabo cortado, figura familiar nas minhas outras estadias. Percorrem dolentemente os beirais das janelas em busca de comida e carrinho.
Sementes brancas caíram hoje copiosamente das árvores floridas em movimentos circulares como farrapos de algodão doce pela aragem.
Aqui o pôr-do-sol é espectacular e acolhedor.
Os domingos são passados (geralmente) a curar os excessos das noites passadas, tediosamente se lava a roupa numa muito americana lavandaria, hipnotizados pelo tambor da máquina e a fluorescência das luzes medita-se nas vicissitudes da vida.
quarta-feira, abril 05, 2006
Fragmento #1
O tempo aqui é medido pelo passar das nuvens que vejo da minha cama. Levam-me a percorrer o céu luminoso, a perder-me no infinito. Um sentimento total de desprendimento, sem futuro, sem passado, uma perfeita sensação de estática, um pequeno perfeito ponto luminoso neste espaço-tempo. Se pudesse reter esta imagem na minha memória, invoca-la a meu belo prazer, já teria valido ter existido.
Levanto-me.
Da minha janela vejo um casal de raparigas. Como uma artífice uma delas entrança o longo cabelo negro e laranja da outra, tarda uma hora, talvez mais, mas o que é uma hora quando os seus gestos são cúmplices e os seus olhares partilham um amor?
Pela noite comi um livro e devorei um gelado.
Levanto-me.
Da minha janela vejo um casal de raparigas. Como uma artífice uma delas entrança o longo cabelo negro e laranja da outra, tarda uma hora, talvez mais, mas o que é uma hora quando os seus gestos são cúmplices e os seus olhares partilham um amor?
Pela noite comi um livro e devorei um gelado.
terça-feira, abril 04, 2006
A minha maneira fazer uma mala
Instruções básicas em 4 passos:
1- Comprar uma mala.
2- Abrir a mala no chão e andar pela a casa à procura de coisas para enche-la, com coisas que se pretende levar.
3- Quando estiver cheia, fechar e nunca mais pensar nisso.
4- Quando voltar a abrir preparar-se para a surpresa pelas coisas que se trouxe e especialmente o que se esqueceu de trazer.
Disclaimer:
Não se aconselha o seguimento deste procedimento, as instruções aqui referidas são apenas a título de exemplo. Não podendo ser infligida qualquer responsabilidade ao autor deste post.
1- Comprar uma mala.
2- Abrir a mala no chão e andar pela a casa à procura de coisas para enche-la, com coisas que se pretende levar.
3- Quando estiver cheia, fechar e nunca mais pensar nisso.
4- Quando voltar a abrir preparar-se para a surpresa pelas coisas que se trouxe e especialmente o que se esqueceu de trazer.
Disclaimer:
Não se aconselha o seguimento deste procedimento, as instruções aqui referidas são apenas a título de exemplo. Não podendo ser infligida qualquer responsabilidade ao autor deste post.
sábado, abril 01, 2006
Vénus em Peles
Para comemorar o novo link adicionado da fantástica e altamente recomendada Violet Blue aqui vai uma apropriada versão da Vénus em Peles mais isso é
“Uma outra historia”
Brilha brilha
Bota de cabedal
Chicote na noite escura
Sou assim menina serva escrava
Ou bate bate que seu mal tem cura
Para lá das luzes
Rico ou (...)
Pele de arminho
Ou qual rainha
Espera por ti
Espera por ti
Espera por ti
Severino
Estou cansada
Estou exausta
Podia dormir mais mil anos
Mil sonhos me acordariam
De mil cores são os meus danos
Beija beija
O cabedal
Que brilha na rua escura
Corrente
A corrente a língua
Bate bate que seu mal tem corda
Severino Severino
Severino - ajoelha
O amor escalda, estala
E o sangue logo se cola
Estou cansada
Estou exausta
Podia dormir mais mil anos
Mil sonhos me acordariam
De mil cores são os meus danos
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