quarta-feira, agosto 30, 2006

Damien Rice at Four Seasons - I Remember - (The End)

Do you remember that time?

sábado, agosto 26, 2006

Agora tentem isto:

Queixume de barriga cheia!

Ando sempre a choramingar que n me ligam, mas aqui vão alguns exemplos do meu novo, (no mínimo) exótico e crescente grupo de amigos:

1. Uma personagem que vende meias na Rua MS (por acaso nunca o vi vender nenhum par), que bebe mais de 10 litros de coca cola quente por dia e que muda de roupa umas quatro vezes ao dia, mas sempre interessadíssimo no que eu ando a ler.

2. Um senhor de 80 anos que frequenta os bailes de tarde (matinés) de Lisboa (pelos vistos há muitos, ele já me ensinou onde eram), e que quer combinar um encontro lá: "Não tem mal nenhum! Dançar n tem mal nenhum!"

3. Um esquizofrénico que compõe e grava CDs de música para eu ouvir, com o objectivo de fazer o CD perfeito para mim.
4. Uma senhora que me traz sempre fotografias de quando era nova, que me oferece os bibelots antigos que tem em casa e que me benze para me proteger (eu gosto muito das festas que ela me faz nas mãos - as outras tb fazem mas as dela são melhores!(dizem as más línguas que ela tem um passado pouco recomendável: talvez venha daí a experiência com as mãos - sou mesmo horrível!!!)).
E mais, muitos mais!
Não sei de que me queixo...

sexta-feira, agosto 18, 2006

Voltar a escrever para nada.
Escrever para dizer que não reconheço o meu sorriso nas fotos nem nos vossos olhos. Para definir o que não pode ser definido em palavras, o que nunca será claro. As nuances e inflexões do teu sorriso.
Escrever
Voltar a escrever, colocar dedo após dedo no teclado e esperar que a sequência lógica do pensamento não se disperse pela brancura do ecrã.

Esperar dizer aquilo que realmente mereça a pena ser dito. Aquilo que transvaza de alma e se coalha nas nossas torpes acções.

Como uma noite, uma noite de verão abafada, corpos saturados da longa viagem, um grupo improvável de pessoas. É tarde, já estamos no outro dia. O nevoeiro misterioso vindo do mar cobre a estrada embalando o nosso cansaço, estamos perto.
Paramos o carro e despimo-nos, não conseguimos resistir ao apelo do mar. A lua cheia leitosa há muito que se tinha timidamente eclipsado no manto branco e todos os nossos pontos de referência desapareceram neste espaço.

Seres fluorescentes nadavam à nossa volta, simplesmente mágico e isso espelhava-se no nosso sorriso, nos nossos olhos.

Foi liberdade, foi pura felicidade.

terça-feira, agosto 15, 2006

Isto de pertencer a um blog sem tema...

Isto de pertencer a um blog sem tema e de ser incitada a escrever sem saber o quê, faz-me lembrar um livro do Astérix que li quando era miúda (há cerca de uns 2 ou 3 anos, portanto), em que o Astérix e o Obélix vão parar a um grupo de teatro (que agora seria considerado experimental) de romanos, sem que ninguém se aperceba de que são gauleses, e vêem-se no meio do Coliseu de Roma, perante o Imperador, em plena actuação (em que os actores gritam e executam as maiores obscenidades, até orgias, ou já é imaginação minha?). A certa altura, o líder do grupo aponta para o Obélix e diz qualquer coisa do género: "Tu, o Gordo, fala!". O Obélix primeiro não percebe que é com ele, porque nunca admite que é gordo, mas depois lá avança e fica paralisado sob aquela pessão de ter que dizer alguma coisa o mais depressa possível, de preferência que se enquadre no ambiente ultra-moderno da coisa, antes que o Imperador desconfie e os mande matar já ali na arena, como era costume. E aquela angústia que o Obélix sente por Imperador e audiência estarem assim suspensos naquele silêncio à espera da frase que é supostamente o êxtase de toda a performance, com a vida dele e do seu querido Astérix presas por uma frase... É disso que me lembro...

sexta-feira, agosto 11, 2006

A Voz do Fogo

Há muito que um livro não me enchia as medidas como este, quer se dizer, não é bem verdade mas este livro está demais, mesmo!

“Num livro repleto de luxúria e êxtase, encontramos doze personagens distintas que viveram na mesma região de Inglaterra durante um período de seis mil anos. As suas narrativas são entrelaçadas com eventos recorrentes, estranhas tradições e visões assombrosas. Primeiro, um rapaz das cavernas perde a sua mãe, apaixona-se, e aprende uma lição mortal. É seguido por um leque de personagens extraordinárias: uma assassina que assume a identidade das suas vítimas; um pescador que pensa ter-se tornado numa nova espécie; um emissário romano que se apercebe da verdade amarga sobre o império; uma freira deficiente que é curada por uma visão perturbadora; um velho cruzado cuja fé é abalada pela visão de uma relíquia; duas bruxas amantes que ardem na fogueira... Cada história interligada desenha um caminho para a descoberta da terra.
Na tradiçăo de Kipling e Borges, Moore viaja pela história misturando verdade e conjectura, num romance assombroso, comovente, por vezes trágico, mas sempre empolgante.”

sábado, agosto 05, 2006